Púrpura é a minha cor.
Passei algum tempo tentando pensar alguma coisa para escrever sobre este presente estranho de "idosa" que sou, mas que não me acostumo a ser. Interessante é que durante anos guardei comigo um recorte de jornal que dizia coisas assim: "Quando eu ficar velha quero usar roupas de cor púrpura, fazer coleção de caixas vazias e de coisas inúteis. Quero sentar-me no chão quando estiver cansada, e pegar amostra grátis nas lojas. Vou sair de chinelos na chuva, e colher flores nos jardins alheios . Vou poder usar blusas horríveis".
Eu acreditei que seria assim. Costumava separar livros na estante para ler qauando me aposentasse. Esperava poder convivercom muita frrequência, com minha grande família: marido, filhos, noras e genro, netas, e mais uma que está quase chegando, ansiosamente esperada, e tudo seria assim, reuniões, sítio, almoços, brincadeiras, inclusive porque por onde a Bárbara e a Isabela passam, fica sempre um rastro de pedrinhas e paetês e cola e papel picado e lindos desenhos. E todos riríamos de antigas discussões, dificuldades, lembranças felizes.Talvez até chorássemos por alguma tristeza, compartilhada ou não, mas estaríamos juntos porque era assim que todos pensávamos nosso futuro..
E ao nos despedirmos, pelo caminho iríamos dando aqueles sorrisos silenciosos de quem se lembra de coisa boas. E eu, com a minha blusa horrível, de cor púrpura, ainda estaria ouvindo com um pouquinho de tristeza: " Tchau amore tchau amore..." musiquinha de despedida que sempre cantamos, as menininhas e eu, entre sorrisos , e frases do tipo -"Eu não te amo, eu te adoro"
1 Comentários:
Que delícia poder compartilhar contigo os mesmos desejos... almoços felizes, conversas à toa, a família (que tá crescendo)reunida, coisinhas tão simples, né???
Pelo menos a gente tem esse canal aberto, daí eu posso ler e saber o que anda pensando...
ADOOOOOOORO!!!!
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