sábado, 2 de abril de 2011

Passado.

     O meu interesse pelo passado me move em várias direções. Confesso que minha curiosidade se refere não apenas a Beagá por si, mas à cidade onde eu nasci e onde eu vivi a minha infância, principalmente porque tudo o que eu me recordo daquela época é muito bom, até mesmo o que nem era tão bom assim.
    Eu sofria de homéricas "dores de garganta" e me lembro  da preocupação dos meus pais e do método de cura rápida, usado pela minha mãe: Ela chegava bem tranquila, com as mãos nas costas e pedia para dar uma alhadinha, queria apenas ver se havia inflamado... Todas as vezes eu me deixava convencer a  abrir  a boca e era surpreendida por seu dedo indicador envolto por algodão, molhado no Colubiazol (nem sei se é assim que se escreve), um remédio vermelho, horrível que era esfragado na minha garganta sem dó nem piedade.Além disso havia também uma febre alta, altíssima, que era combatida  com um pano molhado em álcool quente, em volta do meu pescoço. E aí  o tratamento estava quase completo. Quase. Estavam faltando apenas a revistinha em quadrinhos e o refresco de groselha que meu pai providenciava.  E então não faltava mais nada, era só recostar e sentir o conforto, quase felicidade.  

2 Comentários:

Às 3 de abril de 2011 às 19:11 , Blogger Gustavo disse...

Curioso porque eu também fui vítima do rubro columbiazol. Mas como esquecer do fantástico gargarejo com água, sal e vinagre, até hoje me lembro do restinho de sal no fundinho da caneca de alumínio. delícia.:

 
Às 3 de abril de 2011 às 19:55 , Blogger Patricia disse...

Bárbara disse que não ia gostar que eu fizesse isso com ela:" PREFIRO AQUELE REMÉDIO GOSTOSINHO"... Eu, que me lembro bem do gosto horrível do tal columbiazol, agradeço aos "alivium", "tylenol" e outras drogas com gostinho menos pior!!! Mas, dengo de pai e mãe continuam sendo indispensáveis, é ou não é???

 

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